sexta-feira, 23 de abril de 2010

semeando...

Arrasta um ponto final até virar linha reta. Desdobra uma palavra pra esticar o momento, a vontade é dos agoras. Faz desabrochar algumas estrelas apagadas no peito só pra ter a sensação de iluminância na ponta do nariz e irrigar esse azul escuro de noite com pontos de brilho de pensamentos que clareiam o caminho. Escava com as próprias mãos um buraco pra jogar sementes de um futuro verde e rosa. Esperança e amor. É o que a move, o que gira e faz girar nos dias. Perdeu uma ponta de estrela da sua varinha-guia no meio da guerra. Pegou um vagalume e sentou o bichinho no lugar pra continuar brilhando. Lembra, 'todo sopro que apaga uma chama reacende oque for pra ficar'. Suspira e acredita. Mais uma vez e sempre. De um pulo, pega o azul do céu com a mão direita, faz um tapete na sua frente e vai. Caminhando no meio do azul e soltando dos bolsos uma nova semente. Amarelas que nem ouro. São de coragem...

(Vanessa Leonardi)

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