sexta-feira, 29 de maio de 2009

' Azul celeste



"Sou feita de sangue e éter. E púrpuras melodias. Num tom de agonias azuladas. De tristeza esquecida no vácuo. De feridas que se fazem e cicatrizam no escuro. Escalando brancas paredes. Molengas. Sou assim. De plumas e cores. Fazendo a Lua de pingente. Me derretendo com neve. De uma vida azul, verde, anil. Parada num tempo inerte. De um passado que pouco assusta e um futuro de sonhos mais futuros que os sonhos ainda não sonhados. Dança de tule azul turquesa. Do tempo que passa. E faz passar. Nas marcas dos de onde venho. No cambiar das pequenices. No ajuste do novo mundo. No explorar do teu universo. Alheio às minhas meras descobertas. Perdidas. Solitárias na noite. Atentas a mim mesma. Pois só a mim finda o que é de mim. Pois sou feita de sangue e éter."


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